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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

"Ombro Congelado"?!...

Recentemente, eu soube que uma pessoa querida perdeu os movimentos do braço direito em função de uma doença inflamatória de causa desconhecida e, portanto, autolimitante. O mais curioso é que esta doença acomete pessoas, principalmente mulheres, acima dos 40 anos de idade.
A vilã chama-se Capsulite Adesiva.
Saiba mais:
Capsulite adesiva do ombro. Na forma mais popular: ‘doença do ombro congelado’. De acordo com o ortopedista e membro das Sociedades Brasileiras de Cirurgia do Ombro e de Artroscopia, Dr. Túlio Vinícius, chama-se de ombro congelado porque o paciente tem dor gradativa e a sensação de que as articulações musculares dessa área estão completamente paralisadas, impossibilitando-o de realizar movimentos em qualquer direção. Além dessa dificuldade, dores fortes também compõem o quadro dos principais sintomas do problema.
Geralmente, esse processo dura, em média, três anos. A doença pode aparecer nos dois ombros ao mesmo tempo ou em um de cada vez.
"O volume interno da cápsula que envolve a articulação do ombro diminui. Com essa redução do espaço articular, a amplitude de movimentos do ombro também diminui”, explica. “Numa analogia simples, é como se a articulação normal fosse um maracujá maduro. Já a articulação de uma pessoa com capsulite adesiva seria como um ‘maracujá de gaveta’, mais encolhido”, completa o médico que é autor de uma tese de mestrado sobre a doença pela Escola Paulista de Medicina, em 2000.
De acordo com o médico ortopedista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro, Saulo Monteiro, apesar de não ser uma doença psicossomática, o fator psicológico também contribui para o aparecimento. “Pessoas que estão emocionalmente frágeis por terem sido expostas a situações desagradáveis ou traumas, são mais susceptíveis a ter a doença”.

A capsulite apresenta-se de duas formas: a primária, em que não tem relação com nenhuma outra doença, e a secundária, que pode estar associada a doenças como diabetes, problemas na tireóide, enfartes, entre outras. O uso de medicamentos antidepressivos (à base de fenobarbitúricos) também pode contribuir.
Independente da forma como se apresenta, a doença tem três fases bem definidas: a primeira caracteriza-se pelas dores fortes e intensas, na segunda, a dor começa a diminuir e ocorre o congelamento propriamente dito. Na terceira fase, o paciente começa a restabelecer os movimentos de elevação dos braços e rotações interna e externa do ombro.
Na realidade, não se conhece as causas da doença, nem o motivo pelo qual, estatisticamente, ela acomete mais o sexo feminino. Existem algumas teorias que tentam explicar a origem do problema. Uma delas é que a capsulite adesiva ocorre devido a alterações no Sistema Nervoso Simpático (SNS), responsável pelas descargas de adrenalina e pela sensação de ‘ficar branco’ após um susto. Túlio Vinícius explica que é como se ocorresse um curto-circuito nesse sistema, que passaria a emitir descargas. “Essas descargas causam alterações vasculares de sensibilidade no membro inferior”, diz.
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